Se o seu filho não quer ir com o pai no dia da visita, esse post é para você.

Essa situação é mais comum do que você imagina.

E aqui, você vai descobrir o que fazer quando o filho não quer ir com o pai, o que diz a lei, e muito mais.

Dá só uma olhada:

  1. O que é e como funciona a regulamentação de visitas?
  2. O filho pode recusar a visita do pai?
  3. O que é alienação parental?
  4. Não faço alienação parental e o filho recusa a visita do pai: O que fazer?
  5. Como funciona a ação de revisão de visitas ou suspensão de visitas contra o pai?
  6. Como um advogado especialista em guarda e regulamentação de visitas poderá te ajudar?

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Vamos começar? Ótima leitura. ????

1. O que é e como funciona a regulamentação de visitas?

Antes de tudo, é preciso entender direitinho o que é e como funciona a regulamentação de visitas.

Basicamente é a forma de garantir o direito de visitas e convivência com o genitor que não tem a guarda do filho.

A regulamentação pode ser solicitada no processo de divórcio, para definir:

  • Dias
  • Horário
  • Condições de visita

➡️Guarde essa informação:

O genitor que não possui a guarda, tem o direito de visitar e conviver com o filho.

Deu pra entender direitinho?

2. O filho pode recusar a visita do pai?

No dia da visita, a criança se recusar a ir com o pai, é uma situação mais comum do que você imagina.

Seja porque o filho cresceu e começa a ter as próprias escolhas ou pela mudança da realidade fática da família.

Mas, o que fazer nessa situação?

Aliás, essa situação acaba causando discussões entre os genitores.  

A criança é obrigada a ir contra a sua vontade, por conta da decisão judicial?

Já adianto que não é possível obrigar a criança ou adolescente realizar a visita ao genitor.

O primeiro passo, é tentar conversar com a criança para descobrir os motivos da recusa em ir com o pai.

Às vezes, podem ser traumas psicológicos causados pela separação.

Mas, se a recusa se repetir por mais vezes, o próximo passo é buscar o auxílio de um advogado especialista em família.

Uma vez em que a recusa do filho em visitar o pai, pode estar ligada a motivos como:

  • Violência física
  • Violência patrimonial
  • Violência moral
  • Violência psicológica
  • Violência sexual

O especialista poderá pedir na Justiça, a suspensão das visitas, até que seja feito um estudo psicossocial para entender a recusa das visitas do filho ao pai.  

Dessa forma, a mãe detentora da guarda, estará se resguardando de uma possível alegação de alienação parental pelo genitor.

Falando nisso…

3. O que é alienação parental?

Alienação parental, é uma prática de ações que podem provocar efeitos psicológicos e emocionais negativos na relação entre pais e filhos.

Vou mostrar alguns exemplos para ficar mais claro, veja:

  • A mãe falar mal do pai para a criança e criar uma figura em sua cabeça de algo que ele não é
  • Dificultar o contato do filho com o genitor
  • Impedir o genitor de participar de decisões importantes da vida do filho
  • Dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar
  • Dentre outras práticas que induzem a criança a não visitação do pai

Lembrando que essas são apenas algumas formas de alienação parental, tá bom?

4. Não faço alienação parental e o filho recusa a visita do pai: O que fazer?

Como já adiantei há pouco, a saída é entrar com uma ação na Justiça para requerer a suspensão de visitas até que a situação seja resolvida.

Além de ser uma forma também de a mãe se resguardar de possíveis acusações do pai da criança.

Afinal, alienação parental é crime que pode resultar na suspensão da autoridade parental.

O que diz a lei nesses casos?

O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – garante a possibilidade da oitiva da criança, mediante acompanhamento de profissionais.

Veja o que diz a lei:

(Estatuto da Criança e do Adolescente)
Art. 28. […] §1º – Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.

Na prática, quer dizer que a lei assegura o direito tanto da criança quanto do adolescente de serem ouvidos em juízo, e expressar as suas opiniões livremente, sobre todos os assuntos relacionados a seu interesse.

Claro que sempre respeitando o seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre o tema.

E se você ficou com alguma dúvida, é só escrever nos comentários que eu esclareço.

5. Como funciona a ação de revisão de visitas ou suspensão de visitas contra o pai?

A mãe que perceber que o filho recusa a visita do pai, precisa buscar o auxílio de um advogado especialista em guarda e regulamentação de visitas para entrar com a ação judicial.

O especialista irá reunir todos os meios de provas para mostrar ao juiz que a recusa da criança na visita ao pai, parte única e exclusivamente dela e que não existe nenhuma relação com a prática de alienação parental.

Assim, o advogado irá entrar com uma ação de revisão do regime de convivência.

Por falar nisso….

O que pode ser juntado como prova?

Não é esse bicho de sete cabeças que você deve estar imaginando.

Como prova, o advogado especialista irá juntar o Estudo Psicológico

O estudo psicológico é um documento onde o profissional atesta que a criança possui receio de visitar o pai, por motivos que ela mesma alega.

Durante o andamento do processo, a criança será ouvida para confirmar essa informação.

Com isso, será comunicado na ação de suspensão de visitas, que o descumprimento da regulação de visitas, está ocorrendo em razão da negativa da criança.

Se o juiz entender que a alteração do regime de visitas será benéfica para o menor, será designado novos dias, horários e novas condições para a visitação.

E não é só isso.

6. Como um advogado especialista em guarda e regulamentação de visitas poderá te ajudar?

Você viu que o advogado é a peça chave no processo de guarda e regulamentação de visitas dos filhos menores.

As questões de família são muito delicadas e devem ser conduzidas com a máxima cautela visando a proteção e o bem estar dos menores envolvidos neste processo.

O advogado irá estudar o seu caso e identificar as primeiras providências para garantir todos os seus direitos.

Ele irá tratar a questão da suspensão das visitas, além de outros assuntos que envolvem as relações familiares.

Mas, antes de contratar o especialista que irá lutar por seus direitos e interesses, certifique-se da idoneidade, da quantidade de clientes e processos, e o principal: se ele é especialista na área de família.

Como não errar na contratação do advogado especialista em família?

Eu sei que essa é uma das maiores preocupações.

Por isso, eu listei algumas dicas valiosas, dá só uma olhada:

  • Consulte os dados do advogado
    • Verifique se a inscrição na OAB está regular na página da OAB de seu estado
    • Em São Paulo, por exemplo, essa é a página para Consulta de Inscritos OAB
  • Consulte o site do escritório do advogado que irá cuidar de seu processo
  •  Pesquise referências
  • Leia os artigos que o advogado produz, dentre outros materiais
  • Aqui na  Mario SolimeneNETO Advocacia  estamos sempre atualizados com a lei para auxiliar com excelência nossos clientes em todas as questões familiares.

Com essas dicas, você terá boas referências e saberá pesar os prós e os contras, se o advogado realmente atende as suas expectativas.

Bom, fico por aqui.

Conclusão

Com essas informações, agora você já sabe que o filho pode recusar a visita do pai e o que fazer nessa situação.

O primeiro passo, é buscar o auxílio de um bom advogado especialista em família, para analisar o seu caso e entrar com uma ação pedindo a suspensão das visitas.

Aqui você viu ainda:

  • O que é e como funciona a regulamentação de visitas
  • O que é alienação parental
  • Não faço alienação parental e o filho recusa a visita do pai, o que fazer nesses casos
  • Como funciona a ação de revisão de visitas ou suspensão de visitas contra o pai
  • Como um advogado especialista em guarda e regulamentação de visitas poderá te ajudar

Se conhece ou identifica alguém nessa situação, compartilhe nosso post.

Leia também:

Ele não quer assinar o divórcio: O que fazer?

 Prisão paga dívida de alimentos?

Direito de Visitação do Pai: Como funcionam as visitas do pai ao filho menor?

Continue nos acompanhando e até a próxima.????

 

 

 

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Advogado formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FADUSP - Largo de São Francisco), turma de 1994, com especialização em Direito Privado e Processo Civil. Inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, São Paulo, sob o número 136.987. Pós graduado (Pg.Dip.) e Mestre (MMus) pela University of Manchester e Royal Northern College of Music, Reino Unido (2003-2006). Curso de Extensão em Direitos Humanos Internacionais sob supervisão de Laurence Helfer, J.D, Coursera, School of Law, Duke University, EUA (2015). Inscrito como colaborador da entidade Lawyers Without Borders (Advogados Sem Fronteiras) e membro da International Society of Family Law (Sociedade Internacional de Direito de Família). Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). Membro da Comissão Permanente de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil, São Paulo. Tomou parte em projetos internacionais pela defesa da cidadania e Direitos Humanos na Inglaterra, Alemanha, Israel e Territórios da Palestina. Fluente em Inglês, Espanhol, Italiano e Alemão.

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